...as palavras são poderosas...

Depois de muito tempo, você aprende que as palavras são mais poderosas do que imaginamos....

Não espere idéias lindas e esperançosas...

...e sim, palavras com sentimentos de realidade...

Pois um poeta não escreve versos,

ele narra sentimentos em forma de imortalidade...




Eduardo Dehira


quarta-feira, 5 de março de 2008

O PALPITAR DOS PALPITES

Palpites palpitam sem serem vistos,
caminham à velocidade de sabe-se lá, veloz!
...um algoz...um álibi,
um imaginário e temerário
dizer fielmente a ciência de minha ignorância!
Distância, é o que me separa de ti...
tão perto e certo de que ...sentimento!

Deite-me em tu, beije-me, célebre intrusa...
apresente-me não a você, mas ao amor,
este sim, passa a vir de ti, e pousa bem aqui...

Curiosidades me enforcam lentamente,
me deixam cego em escuridão maior,
asfixiam-me em ventania litorânea,
me afogam em deserto de solidão,
apertam o nó da corda mesma
mortuária do também mineiro Tiradentes...

Me vou lentamente ... me entrego,
prendo-me...corrente!
Ainda cego, oriento-me ouvindo
de longe, as mesmas batidas...
aquelas de teu coração, que palpitam em mim
sem serem vistas...me poupe da redenção!

Palpite de ti à maior oração dos céus!
Teu credo, um incerto chamariz,
és matriz, me levando a conhecer
de perto, tal renascimento para o amor...
E isso não terá cura seu doutor...
Os palpites mais que sanguíneos,
comandam mais que circulação,
abençoados és os mesmos de tal redenção...

Eduardo de Sá Dehira

sábado, 1 de março de 2008

INTRUSA

Meus passos são medidos
á tua medida,
em longo caminho,
um curto acervo teu...
esbarrou-se cá o trocar de olhar, se viu lá
um livre murmurar,
do beijo que se deu!

Este trevo de nosso caminhar,
termina sabe-se onde lá...
parei e li em teu olhar iluminar,
que acendeu-se luzes
que não mais vão se apagar...És intrusa!

Palpite sim óh pulsação,
por ti alimentar,
e se apenas por ai me ver,
engane-me
chame-me à atenção,
peça informação,
ame-me desesperadamente...
diga sim e plagie Platão...
...de amor platônico e irônico,
caso de se reler tal conto!

Se encontrar-se em breu escuro...
e esbarrar-se em rua madura, pronto!
Plante-me e regue-me
em tua trilha, teu caminho,
saborearei assim teu fruto maduro,...
intrusa,... és futuro!



Eduardo de Sa Dehira