...as palavras são poderosas...

Depois de muito tempo, você aprende que as palavras são mais poderosas do que imaginamos....

Não espere idéias lindas e esperançosas...

...e sim, palavras com sentimentos de realidade...

Pois um poeta não escreve versos,

ele narra sentimentos em forma de imortalidade...




Eduardo Dehira


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

VOZ INOCÊNCIA


Saudade infinita

de minhas escritas caprichosas,
ideias revolucionárias
marcadas por águas transpostas,
até madeira de árvores centenárias...
Versos aleatórios, inventados...
mal trapidos,
de um certo motivo inválido...

Engatinhando gratidão,
mal falava nada, nem via morada
sofria seca vocal, tinha moral?
Na fome dizia: Tens pelo menos um pão?
Piada!
Empunhava punhal,
de pecado celeste carnal...

Saudade de ti inocência...
Eras minha amada mais odiada...
quanta tolerância...
de infância mal criada!

Doce eram as águas
do Rio das Almas,
até vi salgado mar, infinito,
cheiro das algas... Ficaste tu imaculada!
Este céu anil, em berço esplêndido,
óh mão gentil...
...saudade de ti inocência!
Arrogante decadência

do cheiro e do gosto,
do mesmo ar de desgosto infantil!

Essa voz trêmula e rouca,

dizia por vez em outra
coisa pouca,
da sujeira de tua roupa...Corrompeu-se!
Esta luta injusta que diz nenhum recado,
esta voz que grita
o grito acuado, calado...
...digo a ti hoje,
com a mesma voz: Lute!
Talvez sim ou não,
mesmo de um ditador,
minha voz talvez em futuro

se escute!

Eduardo de Sá Dehira