Pasmo como não podemos nos expressar em paz;
Sinceramente pensei em abdicar das letras que tanto me perseguem e me divulgam;
Entre versos e reversos, me acomodo nas palavras que não são minhas;
Se escrevo o amor, sou apaixonado, se escrevo o suor amargo, sou uma gastrite
entupindo o exofago de tanta agonia...
Me farei personagem em simples homenagem a alguma pessoa que se chamou Pessoa,
e de Fernando se fez personagens....
As vezes penso em largar as coisas, mas me vejo sempre em frente e decido que não
dou conta de largar os versos, eles sim, não me largam, diga-me:
Como posso parar, se me apego a momentos que não meus e faço a voz de tantos
outros até ser chamado de louco...as vezes sou um pouco mesmo...
Não me entendo, por isso se não me entendes, considere-se normal!
Eduardo de Sá Dehira