Palpites palpitam sem serem vistos,
caminham à velocidade de sabe-se lá, veloz!
...um algoz...um álibi,
um imaginário e temerário
dizer fielmente a ciência de minha ignorância!
Distância, é o que me separa de ti...
tão perto e certo de que ...sentimento!
Deite-me em tu, beije-me, célebre intrusa...
apresente-me não a você, mas ao amor,
este sim, passa a vir de ti, e pousa bem aqui...
Curiosidades me enforcam lentamente,
me deixam cego em escuridão maior,
asfixiam-me em ventania litorânea,
me afogam em deserto de solidão,
apertam o nó da corda mesma
mortuária do também mineiro Tiradentes...
Me vou lentamente ... me entrego,
prendo-me...corrente!
Ainda cego, oriento-me ouvindo
de longe, as mesmas batidas...
aquelas de teu coração, que palpitam em mim
sem serem vistas...me poupe da redenção!
Palpite de ti à maior oração dos céus!
Teu credo, um incerto chamariz,
tú és matriz, me levando a conhecer
de perto, tal renascimento para o amor...
E isso não terá cura seu doutor...
Os palpites mais que sanguíneos,
comandam mais que circulação,
abençoados és os mesmos de tal redenção...
Eduardo de Sá Dehira