Ando pra lá e pra cá, meio sem rumo,
tento em vão forjar uma situação que me enforque,
tento sim, sem rumo caminhar,
atrás de algo ilícito que me conforte, mesmo!
Solitário, um filme sobre minha mente,
você ausente, me calo e silencio como a voz do vazio...
Estes versos falam por si a medida que não
dou conta de me despedir, mesmo!
Esta noite calada, mal falada, mal dita, maldita!
...maldita hora que me encontrei assim, mal dito! Mesmo!
Calo-me a esmo sem saber que ouviria minha voz,
calo-te em poucos termos com minhas declarações...
...final, nem sei se me escutas, não sei se por mim lutas...mesmo!
Qual são é o homem que despede de um amor por tempo sombrio?
Qual são é o homem que desce de um pedestal de vaidades
e se mostra real, se mostra como tal, apaixonado, mesmo!
Qual homem é homem de verdade em encarar esta atrocidade
que é o sentimento que machuca, dói por dentro de sabe lá o que,
afinal, não sabemos nem tu nem eu, o que temos por dentro deste amor
tão lindo, mesmo!
Eduardo de Sá Dehira