Meus passos são medidos
á tua medida,
em longo caminho,
um curto acervo teu...
esbarrou-se cá o trocar de olhar, se viu lá
um livre murmurar,
do beijo que se deu!
Este trevo de nosso caminhar,
termina sabe-se onde lá...
parei e li em teu olhar iluminar,
que acendeu-se luzes
que não mais vão se apagar...És intrusa!
Palpite sim óh pulsação,
por ti alimentar,
e se apenas por ai me ver,
engane-me
chame-me à atenção,
peça informação,
ame-me desesperadamente...
diga sim e plagie Platão...
...de amor platônico e irônico,
caso de se reler tal conto!
Se encontrar-se em breu escuro...
e esbarrar-se em rua madura, pronto!
Plante-me e regue-me
em tua trilha, teu caminho,
saborearei assim teu fruto maduro,...
intrusa,... és futuro!
Eduardo de Sa Dehira