...as palavras são poderosas...

Depois de muito tempo, você aprende que as palavras são mais poderosas do que imaginamos....

Não espere idéias lindas e esperançosas...

...e sim, palavras com sentimentos de realidade...

Pois um poeta não escreve versos,

ele narra sentimentos em forma de imortalidade...




Eduardo Dehira


sexta-feira, 22 de abril de 2011

domingo, 27 de março de 2011

RESUMO INACABADO

Minha vida é pouco para ser resumida... Nossas vidas são unidas, de tantar vidas... Uma história linda, de vindas e ainda assim, carícias, com sorrisos e cheiros as escondidas... Esta vírgula não é do texto que escrevi, nem da cama que dormi e sonhei assim, com ti... Se já vai, caregue meu amor consigo, pois comigo, lembranças de um eterno que não se acaba... Se és de outro sentir, seja assim, nosso amor em mim... Uma ternidade de esperanças, marcada por um até breve, um entendido mal, que malvado agreste de secura em nós, de boca árida, aguardando so beijos que hão de ir, um dia... Sarcástica a noite que nos disse, já, mesmo sem se tocar... ...calambiando entre rosas e perfumes e embalar o desejo de amar...os vinhos que embebedaram nossas noites reservadas de fundee a luz de velas que teimam em aquecer sem se derretar... Esta pele que te grudou nas noites de amor, de ti cuidou em todas as vezes que de mim se embebedou... Agora chora por ti, desta pele macia, macia química que teima em ser única, intimidade íntima, do amor eterno que a chama não se apagou, onde nada nem ninguém há de terminar o que se começou, mesmo o tempo, rei da natureza, não irá acabar com este lindo amor... Aos prantos me entreguei, aos prantos me entrego, onde escorreguei ao cair em pecado deste crédulo, desta fé que me caminha por estrada deserta, da deserta estrada de meus prantos de despedida, desta vírgula que não se tornará ponto, de uma partida que em meu coração não desatina, és linda, o mais sentir do amor em minha vida... Eduardo Dehira

sábado, 9 de outubro de 2010

LABIRINTO E O SOL


As vezes me sigo por este labirinto da vida,
não par quando ando, nem um minuto...
nem um mesmo, nem mesmo um...
Minutos desta vida que mais parecem séculos...
São tempos em tempos que me seguem por onde vou,
neste labirinto sem saída...labirinto desta vida...

Não sei mesmo para onde correr,
não sei mesmo por onde começar,
escaldante queima sol na pele surrada da insolação,
caminho árduo desta trilha, do sol que não se decide...
pareço-me com ele, nem sei ao menos de que lado ficar,
esta indecisão do sol afeta minha mente,
se o sol que é divindade, és Deus,
tão perdido é, a ponto de não se decidir...
...quem somos nós, reles perdidos neste labirinto?

Eduardo Dehira

domingo, 19 de setembro de 2010

ÁGUA



Estas águas que se renovam, estão contaminadas...
Este calor que derrete abafa muita coisa
e sem respirar,... quero água...
..derreto-me nesta contaminação, quero água...
Acordo e lavo o rosto nas águas sagradas da pia,
continuo com sede...
...nada como um dia após o outro dia,
como o refrão já dizia... Quero água!
Estas águas que passam, não voltam mais...
...porém ou aliás, penso em seguir o curso do rio,
para tomar da mesma contaminação...
Continuo com sede...
Não encontro nem pistoleiro de aluguel para esta tarefa,
matar nestas horas é sobrevivência, significa vida!
O mundo derrete, eu me derreto, continuo com sede...
...fujo desta coisa proibida de tomar água contaminada...
escondo-me, o calor vai atrás, a água entre pelas frestas e molha...
...brincadeira sem graça essa...
Continuo com muita sede...
...estas águas me embebedam de algo estranho...
É, vou ficar calado para ver se consigo fugir
deste calor, vou me esconder onde este mormaço não for...
Onde tiver águas límpidas, vou me esbaldar,
onde estiver esta loucura, estou a um passo de me humilhar,
vou fugir, ter-me como nunca me tive, ousado!
Com frio em meio ao deserto deste oásis...
Continuo com muita sede...
...esta água, me embebeda, quem sabe....


Eduardo Dehira

terça-feira, 7 de setembro de 2010

LÁGRIMAS

Escorre devagar, lenta e dolorosa,
implora quando cai, ao mundo
a dor dos sentimentos que se expressam entre olhares...
Em forma de gotas salgadas, vindas de um mar infinito...
pequeno de tão grande, às vezes colorido...

Contra as rochas vem à maré de lágrimas
que espanta as lamentações de água salgada!
Se choras maré de lágrimas, mostre-me a ânsia
de emoções contidas em oceanos longínquos...

Pode ser espinho da rosa,
pode pesar toneladas, ao chorar, vem salgar
o mesmo gosto de mar, do rosto de quem
emana tudo de si...
Pode ser discreta, vinda da calada...
companheira fiel do teu leito, a lágrima que vai...
...salgada!

Diga ao se conter da dor que sentes em
derrmar este mar de sentimentos,
cruel... e por cair, faz-se implorada...
...o sabor amargo, pesado desta dita e maldita, lágrima...
Quem não chora, não sabe expor teus sentimentos,
quem não chora trancafia dentro de si, os maiores dos pesares
alegres ou tristes ficam presos os derradeiros olhares...

Eduardo Dehira

quinta-feira, 3 de junho de 2010

DIÁRIO

Todo dia é a mesma coisa,
esta hora são os mesmos minutos que passam,
os mesmos segundos, e segundo a tradição,
me sinto parado, como o tempo que insiste em não parar...

Hoje me senti olhando o relógio, que não passa,
achei que fosse a pilha, percebi que não adianta "pilhar" nada,
o tempo não muda a maneira de passar...
os segundos são os mesmos, as horas também...

Que chato é olhar para frente e não ver o que passou...
Queria eu saber o que vem pela proa,
para fugir e esquecer que este tempo me persegue...
E eu vou fugindo... seguindo...

Eduardo de Sá Dehira

sábado, 1 de maio de 2010

QUAL SÃO É O HOMEM?

Ando pra lá e pra cá, meio sem rumo,
tento em vão forjar uma situação que me enforque,
tento sim, sem rumo caminhar,
atrás de algo ilícito que me conforte, mesmo!
Solitário, um filme sobre minha mente,
você ausente, me calo e silencio como a voz do vazio...

Estes versos falam por si a medida que não
dou conta de me despedir, mesmo!
Esta noite calada, mal falada, mal dita, maldita!
...maldita hora que me encontrei assim, mal dito! Mesmo!
Calo-me a esmo sem saber que ouviria minha voz,
calo-te em poucos termos com minhas declarações...
...final, nem sei se me escutas, não sei se por mim lutas...mesmo!

Qual são é o homem que despede de um amor por tempo sombrio?
Qual são é o homem que desce de um pedestal de vaidades
e se mostra real, se mostra como tal, apaixonado, mesmo!
Qual homem é homem de verdade em encarar esta atrocidade
que é o sentimento que machuca, dói por dentro de sabe lá o que,
afinal, não sabemos nem tu nem eu, o que temos por dentro deste amor
tão lindo, mesmo!

Eduardo de Sá Dehira

quarta-feira, 21 de abril de 2010

NOSSA SOLIDÃO

NOSSA SOLIDÃO
(21.04.10)

Esse por do sol que não se vai,
este luar que não vem, a manhã que não acorda...
Este amor que não aflora, nem acaba, nem me ama, nem me mata...
Que coisa sem graça, que solidão dolorida...
Necessária noite templária,
Necessária solidão ordinária,
Necessário o amor que mesmo calado,
...não se cala!
Que força é esta que não para, não cala...
Se ando, paro, se paro com tudo, separo!
Que luz que não ilumina, que fria, tensa
esta neblina, escura...
Por onde andas, não sei...
Por onde eu ando, muito menos...
Se vamos iluminar, não sei!
Não sei nem se vamos nos declarar,
ou morrer por dentro, falecer no relento...
Que solidão ingrata, que situação chata...
Não me acostumei com ela, nem ti com a mesma,
se continuamos, não sei...
Este sentimento mais forte que já senti, dói...
...pela necessária distância...
...substância venenosa, corrói...

O amor é tão forte,
que se feliz és sozinha,
prefiro esta maldita solidão
do que te ter infeliz comigo...

Eduardo de Sá Dehira

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

UM PEDAÇO DE POESIA - Revolta

Pasmo como não podemos nos expressar em paz;
Sinceramente pensei em abdicar das letras que tanto me perseguem e me divulgam;
Entre versos e reversos, me acomodo nas palavras que não são minhas;

Se escrevo o amor, sou apaixonado, se escrevo o suor amargo, sou uma gastrite
entupindo o exofago de tanta agonia...

Me farei personagem em simples homenagem a alguma pessoa que se chamou Pessoa,
e de Fernando se fez personagens....
As vezes penso em largar as coisas, mas me vejo sempre em frente e decido que não
dou conta de largar os versos, eles sim, não me largam, diga-me:
Como posso parar, se me apego a momentos que não meus e faço a voz de tantos
outros até ser chamado de louco...as vezes sou um pouco mesmo...

Não me entendo, por isso se não me entendes, considere-se normal!

Eduardo de Sá Dehira

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

SE

Ao céus a estreita saída...
...que paira sobre mim o alto preço,
pago os pecados de minha vida
mando nota a qualquer endereço...

Jogou sujo, dedo na ferida,
na prisão sem grades eu confesso...
...detalhes em minha despedida
vi assim tudo errado, e do avesso...

Se eu usasse o poder que acho que tenho,
viraria um herói derrotado,
aquém , magoado, desdenhado...

Gravaria em mim lindo desenho,
que mesmo assim amado e largado,
fosse o sinal que um dia fui amado...


Eduardo de Sá Dehira

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A SOLIDÃO DE UM POETA

A luz que gerou o poeta, disse:
“- Tu serás sozinho, sonhador,
andarás por campos floridos,
porém aos seus olhos,
descoloridos...”

A mesma luz, da mãe que gerou sua vida,
na escuridão, se apoderou escondida...
o futuro poético, é solitário....
seus conceitos, e pensamentos,
são diferentes, um simples atalho
para a chegada de um infinito,
que vem vazio....

O poeta nasceu solitário, se fez palavras,
conceituou, e não amou...
colocou em seus versos
em verbos adversos
e adjetivos contrários da felicidade...

O por do sol é o princípio de seu dia...
o racional é presente,
é raio que irradia,
a noite que cai contente....

Cadê a luz que gerou o poeta?
Não existe mais e sua chama
é incompleta....

Esse poeta é mesmo
um sonhador de pés no chão...
anda a esmo,
cantando a realidade, a solidão...
De pedra é o órgão mais cantado,
porém esquecido, largado,
não sabe dizer sim, apenas não,
é a palavra negativa
que sai do coração....

Eduardo de Sá Dehira

segunda-feira, 14 de abril de 2008

CORAÇÕES ADORMECIDOS

Um dia me disseram que seria assim...
...acreditei em partes,
subi aos céus
meio esperançoso enfim e até sorri!
Meio cabisbaixo,
continuei a ouvir
tudo que me diseram
antes de estar aqui!
...surraram-me,
e acariciaram-me sempre
que feriram-me!
Eis que largaram mesmo
o que tenho de mais precioso,
minha lei...a da esperança!

Ao invés de me lamentar,
continuei
e sem saber,
fiz minha doutrina...
...seguindo uma sina de traição!
Corrompido coração ditou
as regras do amor...

Daria todos os dias de ontem
por um dia do amanhã,
para esqueçer o passado
que mesmo sujo, lameado
pagou caro a ti ,do maltrato...
...coração que amou há tempos,
e não volta mais,
porém encontrou por ai
em uma faixa
a mais bela das travassias,
fantasias e heresias possíveis!
...um amor, até engraçado,
amasiado, e turbinado
que levaria este poeta
a caminhos desconhecidos...
Diga futuro inesperado...
tudo que se completa,
de dois corações adormecidos...
a ti devo minha esperança,
futuro que nada se separa...
a ti, marco de um poeta,
me espere sempre, Nayara...


Eduardo de Sá Dehira

quarta-feira, 5 de março de 2008

O PALPITAR DOS PALPITES

Palpites palpitam sem serem vistos,
caminham à velocidade de sabe-se lá, veloz!
...um algoz...um álibi,
um imaginário e temerário
dizer fielmente a ciência de minha ignorância!
Distância, é o que me separa de ti...
tão perto e certo de que ...sentimento!

Deite-me em tu, beije-me, célebre intrusa...
apresente-me não a você, mas ao amor,
este sim, passa a vir de ti, e pousa bem aqui...

Curiosidades me enforcam lentamente,
me deixam cego em escuridão maior,
asfixiam-me em ventania litorânea,
me afogam em deserto de solidão,
apertam o nó da corda mesma
mortuária do também mineiro Tiradentes...

Me vou lentamente ... me entrego,
prendo-me...corrente!
Ainda cego, oriento-me ouvindo
de longe, as mesmas batidas...
aquelas de teu coração, que palpitam em mim
sem serem vistas...me poupe da redenção!

Palpite de ti à maior oração dos céus!
Teu credo, um incerto chamariz,
és matriz, me levando a conhecer
de perto, tal renascimento para o amor...
E isso não terá cura seu doutor...
Os palpites mais que sanguíneos,
comandam mais que circulação,
abençoados és os mesmos de tal redenção...

Eduardo de Sá Dehira

sábado, 1 de março de 2008

INTRUSA

Meus passos são medidos
á tua medida,
em longo caminho,
um curto acervo teu...
esbarrou-se cá o trocar de olhar, se viu lá
um livre murmurar,
do beijo que se deu!

Este trevo de nosso caminhar,
termina sabe-se onde lá...
parei e li em teu olhar iluminar,
que acendeu-se luzes
que não mais vão se apagar...És intrusa!

Palpite sim óh pulsação,
por ti alimentar,
e se apenas por ai me ver,
engane-me
chame-me à atenção,
peça informação,
ame-me desesperadamente...
diga sim e plagie Platão...
...de amor platônico e irônico,
caso de se reler tal conto!

Se encontrar-se em breu escuro...
e esbarrar-se em rua madura, pronto!
Plante-me e regue-me
em tua trilha, teu caminho,
saborearei assim teu fruto maduro,...
intrusa,... és futuro!



Eduardo de Sa Dehira

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

VOZ INOCÊNCIA


Saudade infinita

de minhas escritas caprichosas,
ideias revolucionárias
marcadas por águas transpostas,
até madeira de árvores centenárias...
Versos aleatórios, inventados...
mal trapidos,
de um certo motivo inválido...

Engatinhando gratidão,
mal falava nada, nem via morada
sofria seca vocal, tinha moral?
Na fome dizia: Tens pelo menos um pão?
Piada!
Empunhava punhal,
de pecado celeste carnal...

Saudade de ti inocência...
Eras minha amada mais odiada...
quanta tolerância...
de infância mal criada!

Doce eram as águas
do Rio das Almas,
até vi salgado mar, infinito,
cheiro das algas... Ficaste tu imaculada!
Este céu anil, em berço esplêndido,
óh mão gentil...
...saudade de ti inocência!
Arrogante decadência

do cheiro e do gosto,
do mesmo ar de desgosto infantil!

Essa voz trêmula e rouca,

dizia por vez em outra
coisa pouca,
da sujeira de tua roupa...Corrompeu-se!
Esta luta injusta que diz nenhum recado,
esta voz que grita
o grito acuado, calado...
...digo a ti hoje,
com a mesma voz: Lute!
Talvez sim ou não,
mesmo de um ditador,
minha voz talvez em futuro

se escute!

Eduardo de Sá Dehira

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

SAUDADES DE TI AMIGA


Ainda posso te ouvir,
querida amiga...
Sinto teu sorriso sincero e puro
em tua nobre visita...
Esta chuva que cai em tua despedida,
nos faz lembrar da tua pureza...enfim!
...não existe fim!

Os céus te recebem,
tua mãe te aguarda...
...choramos lágrimas sinceras ,
um até breve...simples lágrima!

Sabe,... a vida não será mais a mesma...
...os amigos mais próximos, e os distantes,
nunca esqueceram o brilho de tua luz
em todos os instantes...
Esta luz que ia além dos olhos teus...
irradiava alegria e paz,
e que hoje pertence a Deus...
que conforto divino nos trás...

Sabe,... era impressionante,
tua companhia... que paz, que energia!
Somos egoístas por ti...por te ter aqui!
Ciente eras tu a crer,
do tamanho de nosso amor por ti?
A imagem que fica é te ver sorrir!

Já dizia a canção:
“É tão estranho, os bons morrem jovens”
Mas porque tão cedo?
Sei que os sonhos não envelhecem,
Mas os teus vivem em nós...

Somos egoístas por tua presença,
por te amar assim...
Mas Deus é maior e mais forte...
Ele é o amor maior...
você se foi tão cedo,
que não deu tempo de saber
o quanto era querida...
...agora sabe disso melhor que ninguém,
pois cada lágrima de saudade que cai,
mostra o tanto que eras especial,
prova disso, é que Deus foi mais egoísta
e levou você pra ele...


Eduardo de Sá Dehira

14/02/2008
_______________
PS: Em homenagem a Mirelle Cunha,
grande amiga que se foi em 14/02/08!
Que Deus a tenha!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

VERSOS DE AFLIÇÃO

Em meus versos soltos, solidão...
Na música erudita,
somente a dita
aflição...
Esperança e amor! Onde estão?
Nos pedaços de dia,
vejo tudo em vão...
A espera do tão falado
“dia após o outro”
onde todos apostam seu futuro,
no clarear do dia que nasce,
ou no cair da noite,
breu obscuro...

Em versos soltos,
falo de mim,
não me espelho nos outros,
são tão somente
sentimentos expostos...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

(Cronica) Poesia pra que?

Gostar ou não de poesia é um fato! Entende-la ou não, é um estado de espírito!

É incrível como as pessoas não se deixam levar pela poesia!
Esse sol que ilumina, é a prova mais cabal da indecisão
e das indas e vindas do ser humano!
Todo dia ele nasce e morre, as manhãs são alegres e as noites tristes!

Porém há controvérsias,
há pessoas que preferem nascer em noites e falecer ao nascer da luz!
Este nosso crepúsculo misturado com sonolência ao cair da tarde
nos mostra como seria uma reflexão poética de novos e velhos paradigmas!
Não nos vemos refletindo palavras, nem nos dando ao trabalho de reproduzir sonhos e angústias, alegrias e tristezas. Ou apenas sentimentos em forma de pensamentos e versos.
Se os versos não lhe traduzem nada, se as palavras são lhe trazem espanto, pare, reflita!
Começe a entender a visão de quem faz das palavras a bela tradução dos sentimentos, sejam
quais forem!
Leia, releia, e faça uma viagem no íntimo da tua alma.
Versos, estrofes, palavras muitas vezes sem sentido, rimas soltas enfim!
O poema é a mais ela tradução da poesia humana e divina!
Reflita sobre seus conceitos e reveja teus sentimentos!

Eduardo de Sá Dehira

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

CONTAGEM

Venho do marco zero
de um caso sem sentido,
do mesmo plano pleno
das segundas intenções
deste terceiro milênio viciado...
entediado e iludibriado!

Meu quarto cheira mofo,
de mofo mesmo,
com odor pesado
de mais de cinco dias sem lavar...
e depois do quinto,
vem o sexto sentido...comum,
dizendo que o sétimo dia
é para meu descanso eterno,
e imortal!

SOMBRA DERROTADA

Caminhos e horizontes que se cruzam
escada e degraus sem fim,
atalho perdido
flores sem perfume,
tudo escondido!
Caminhe à minha frente óh sombra
para que eu te siga...
eternamente nas trilhas desta vida
de tamanho teu,
invente...contente!
Pegadas de saci, curupira
que sorri, aflição solitária do caipira...
Esmo horizonte o mesmo só,
solidão de monte, que afronte!
Infinita razão, da sombra sem luz!
Movimentos iguais ao meu
gestos incrédulos teus
lágrimas sangrentas de puro adeus...
...desta sombra maléfica que me conduz...
Entenda! Não me siga! Pois meu
caminho não é meu,
e digo que como ateu
sigo a direção sombria
desta sombra minha...
Se renda! Ao desamor perdido
neste caminho escondido à lenda
deste horizonte viciado
neste jogo sujo de dor,
desta estrada e números infinitos,
sou aprendiz
da sombra de um perdedor...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

PLANTEI AMOR

Do meu jardim assim, seco e sem flor...
Quintal sem fruta madura qualquer...
com isso um simples triste agricultor,
e cavando ali no chão com colher...

Por quem ainda sabe plantar amor
colhe o fruto que não vai apodrecer,
simples solo morto a se decompor
sentimento fértil a florescer...

Plantei alguém em lindo jardim pra amar,
alimento todos os dias, carinho,
rico adubo guardado num cantinho...

Jardim que há vida para se criar,
fértil plantacão de amor caladinho...
Plantei um alguém pra não ficar sozinho...

HISTÓRIA, CONTO...


Bastou uma história, um conto
para nascer de vindas poeiras o autor
sem andar, uma sujeira, uma lama,
o filho bastardo, fruto do amor...
..proibido, inibido, a muitos anos escondido...
É sempre assim, foi assim, e será um passado...
...bastardo, amado, cabisbaixo...

O tempo que nunca se encontrou,
o dia que nunca passou,
o amor que nunca cessou,
o sol frio deste calor, o livro
de suas páginas enrustidas, ..não se fechou!

Aplaudam a coragem,
venerem o tempo,
o senhor do destino,
limpem esse poeta do barro,
o chamem de filho,
ergam o menino,...
...e nos braços o acolha, o levante...
e seguindo adiante, não pare,
o levem, simplesmente o lavem,
amem-no, o dêem ânimo,
e não o escondam do amor!

O barro que o cobriu, o sujou
simplesmente o moldou,
o tempo sofrimento o fez
sim um menino sujo,
que ainda não se limpou...

Bastou uma história, um conto...
Eduardo de Sá Dehira