Caminhos e horizontes que se cruzam
escada e degraus sem fim,
atalho perdido
flores sem perfume,
tudo escondido!
Caminhe à minha frente óh sombra
para que eu te siga...
eternamente nas trilhas desta vida
de tamanho teu,
invente...contente!
Pegadas de saci, curupira
que sorri, aflição solitária do caipira...
Esmo horizonte o mesmo só,
solidão de monte, que afronte!
Infinita razão, da sombra sem luz!
Movimentos iguais ao meu
gestos incrédulos teus
lágrimas sangrentas de puro adeus...
...desta sombra maléfica que me conduz...
Entenda! Não me siga! Pois meu
caminho não é meu,
e digo que como ateu
sigo a direção sombria
desta sombra minha...
Se renda! Ao desamor perdido
neste caminho escondido à lenda
deste horizonte viciado
neste jogo sujo de dor,
desta estrada e números infinitos,
sou aprendiz
da sombra de um perdedor...