Escorre devagar, lenta e dolorosa,
implora quando cai, ao mundo
a dor dos sentimentos que se expressam entre olhares...
Em forma de gotas salgadas, vindas de um mar infinito...
pequeno de tão grande, às vezes colorido...
Contra as rochas vem à maré de lágrimas
que espanta as lamentações de água salgada!
Se choras maré de lágrimas, mostre-me a ânsia
de emoções contidas em oceanos longínquos...
Pode ser espinho da rosa,
pode pesar toneladas, ao chorar, vem salgar
o mesmo gosto de mar, do rosto de quem
emana tudo de si...
Pode ser discreta, vinda da calada...
companheira fiel do teu leito, a lágrima que vai...
...salgada!
Diga ao se conter da dor que sentes em
derrmar este mar de sentimentos,
cruel... e por cair, faz-se implorada...
...o sabor amargo, pesado desta dita e maldita, lágrima...
Quem não chora, não sabe expor teus sentimentos,
quem não chora trancafia dentro de si, os maiores dos pesares
alegres ou tristes ficam presos os derradeiros olhares...
Eduardo Dehira